quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Porque ainda há chances...

Embora os institutos de pesquisa estejam dando essa eleição como liquidada, ainda há chances de virada (embora pequenas, claro...). Vejamos:

no primeiro turno, o instituto que menos errou foi o Datafolha: deu 50% de votos válidos para Dilma na véspera da eleição, quando ela teve, na prática, menos de 47%. Os outros institutos erraram ainda mais, então fiquemos com o Datafolha. Na hipótese mais benévola, o erro é de metodologia, e não foi corrigido. Então não é esdrúxulo supor que esse viés de 3 pontos ainda exista. A diferença hoje deve ser algo de 53% x 47% (e os trackings dos dois partidos estão demonstrando isso). Em votos válidos do primeiro turno (101 milhões), é algo como 53,5 milhões x 47,5 milhões de votos.
A abstenção cresce no segundo turno. Historicamente, temos uma abstenção de 20% no primeiro turno contra 25% no segundo. 5% a menos de votos (em uma base de 131 milhões de eleitores) são 6,5 milhões de votos. Como a abstenção é sensivelmente maior no NE e nas regiões mais pobres, onde a Dilma lidera com folga, é de supor que ela perca 3 votos para cada 1 do Serra. Sendo assim, teríamos uma diferença prática de 48,5 milhões de o votos x 45,8, menos de 3 milhões de votos (lembrando que, num segundo turno, a diferença é metade: se 1,5 milhão mudar de candidato tudo se iguala).

O debate da Globo pro segundo turno, historicamente, tem uma audiência de 30 pontos, o que dá, em todo o Brasil, cerca de 10 milhões de domicílios (25 milhões de pessoas). Se 1,5 milhão dessas pessoas mudarem de idéia vendo o debate...vai saber! não custa torcer e não deixar de votar domingo...

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